Luta? Defesa? Brutalidade? Dança? Arte?
Mas, afinal, o que é o mineiro-pau?
Talvez uma mistura disso tudo. Realizado, na maioria das vezes, por homens, estes empunham seus bastões (como um sinal de virilidade), desafiam os companheiros, que fazem o mesmo, e começa o "confronto". Um bate de cá, outro bate de lá. Viram-se, sempre encontrando bastão com bastão, e realizam uma das mais belas coreografias dos folguedos.
Às vezes associado ao ato do corte da cana verde, por causa das viradas de um para outro lado, ou ao cateretê, por causa das batidas de palmas.
O mineiro-pau é uma festa de cores, coreografias, duelos e (por que não?) poesia. Uma mistura de ritmos e influência, que se difere dos outros folguedos por não ter nenhuma ligação explícita com qualquer ritual religioso ou feitiçaria. A "dança" é sempre acompanhada por um batuque de pandeiro, as vezes sanfona e caixa, e palmas.
Tem cheiro e gosto de interior, de chão de terra batido e casinhas de madeira. As apresentações ocorrem em datas variadas, podendo tanto ser em festas que comemoram a abolição da escravatura ou até mesmo no carnaval. Alguns grupos, como o de Barão de Monte Alto, organizam uma festa, chamada de "micareme" (que nada mais é do que um carnaval fora de época) onde desfilam pelas ruas da cidade mostrando a dança. Muitos grupos têm como parte integrante o boi pintadinho (RJ) ou o boi-lé (MG).
O vídeo a seguir pretende, além de apresentar o folguedo, também passar um pouco dessa idéia, do mineiro-pau como arma, com a destreza de um adulto, mas, ao mesmo tempo, como arte, com a sensibilidade de uma criança.
Para saber mais: