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O III Fórum de Culturas Populares da Zona da Mata foi realizado em Leopoldina no dia 17 de julho de 2010 e contou com a participação de alguns dos principais representantes culturais da região. O tema trabalhado nesse encontro foi: "Registro, memória e patrimônio imaterial - O que fazemos com isso?".
"É em roda que a nossa cultura acontece. Nas várias rodas. Não tem um início nem um fim, é, como diz Seu Geraldo, numa 'marafunda sem fim'". (Oswaldo Giovannini Júnior)
E é nessa marafunda que os grupos de culturas populares se reuniram no fórum, para debater sobre seus problemas, dividir soluções e compartilhar experiências.
Na roda de cultura foram apresentados os trabalhos de cada grupo, as propostas e as conclusões dos fóruns anteriores e as diretrizes traçadas nesse novo fórum.
Através das vivências e das diferenças dos participantes moldou-se o caráter da cultura popular, não só da Zona da Mata, mas do país inteiro.
"Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados"
(Oswald de Andrade)
Para saber mais:
I e II Fóruns de Culturas Populares da Zona da Mata
Notícia Overmundo
DEBATE E SUGESTÕES DE AÇÕES PARA AS CULTURAS POPULARES – I FÓRUM DE CULTURAS POPULARES DA ZONA DA MATA – LEOPOLDINA, 2006
Algumas conclusões:
A cultura é meio de transformação social, política e econômica. Agir pela cultura popular é agir politicamente para transformar as relações sociais concretas e humanizar a sociedade. A cultura popular deve ser eixo fundamental em qualquer discussão sobre políticas públicas.
Uma das estratégias de ação é saber ouvir as pessoas e os grupos. Outra é divulgar seus saberes e os sentidos que os grupos populares dão para suas manifestações. A educação é um meio eficaz para isso e a mídia também. Outra, ainda, é a ampliação das pesquisas e dos inventários.
Dar continuidade aos encontros e discussões para realizarmos projetos coletivos. O fórum é um espaço necessário, porém é importante descentralizar e realizá-los no interior ou na periferia.
Fundamental são os recursos financeiros para os grupos populares tradicionais e para a realização de momentos de discussão e encontros.
Principais propostas:
Realizar um inventário das religiões afro-brasileiras.
A comunidade precisa se conscientizar dos seus valores.
Os grupos precisam de políticas públicas continuadas.
Os grupos populares precisam de suporte financeiro para instrumentos, vestimentas.
É necessário haver mais divulgação da cultura popular.
Precisa haver uma aproximação da cultura popular com as escolas.
Capacitação de professores.
Cultura como inclusão e não como integração.
Necessidade de ações transformadoras, política e economicamente.
A cultura deve ser um instrumento de luta e de mudança.
Buscar recursos financeiros e parceria com o setor privado e público.
Os grupos tradicionais devem se unir à classe artística.
Políticas públicas de cada município para valorizar as especificidades de cada um.
Inventariar e resgatar memórias.
Os grupos devem definir seus objetivos para evitar manipulações e usos indevidos.
Precisamos mapear e ampliar a pesquisa na Zona da Mata.
Elaborar uma agenda de mobilização cultural da região.
II FÓRUM:
O II Fórum aconteceu em 2008, durante o III Encontro de Tradições Mineiras.
A Charola de Nosso Senhor dos Passos de Cajuri fez uma belíssima apresentação e logo em seguida fizemos o lançamento do documentário Cores da Mata.
Nessa ocasião ainda tivemos a oportunidade de fazer uma pequena oficina de percussão com o grupo Berimbrown.