Cumbuca

O palhaço entra em cena antes ou logo após o lanche. Uma figura típica, que traz a alegria para a Folia e para quem o assiste. O mascarado, dentro de casa mesmo ou num terreiro rodeado por muita gente (como é o caso do vídeo abaixo), dança a mazurca, o samba, a valsa ou a chula e faz versos para a platéia e/ou para o dono da casa.

Nos versos, que na maioria das vezes são improvisados, o palhaço pode contar sua história, sua função na Folia, pode falar sobre futebol, notícias de jornal, ecologia, entre outras coisas. Esses versos são utilizados como uma brincadeira para recolher o dinheiro miúdo oferecido pelo público. Na medida em que vai improvisando, os espectadores vão deixando um dinheiro trocado para que o palhaço pegue assim que termine a rima. Dessa forma, a platéia vai inventando brincadeiras para testar a capacidade do palhaço de fazer versos e pegar os trocados.

O vídeo a seguir mostra dois palhaços da Folia de Reis Estrela do Oriente num momento de brincadeira. Os palhaços, além de brincar com quem os assiste, também trocam versos entre si, numa espécie de gozação, como pode ser observado em alguns versos ditos pelo palhaço Rodrigo.

“Vou falar aqui pro povo/ E vou dizer bem ligeiro/ Você é um cara bacana, Jefim/ É um grande caminhoneiro/ Por isso eu sei que você não precisa/ Devolve aqui meu dinheiro.”

“Ao me retirar daqui, meu povo/ Eu vou fazer uma manobra/ Olha só o Canarim/ Olha só que bela obra/ Mas, Jefim, pra mim dançar no pé/ Segura aqui a minha cobra.”




Ver também:
Sons da Mata

1 comentários:

  1. Unknown disse...

    a o verso gente---> to chegando ,to chegando. to chegando iprovizando falando pro marcelim falano pro marciano.tenque embora minha gente pra quem mora perto e bao, pra quem mora longe e hora agora deixa eu pega um real da mao da senhora.  

 
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